Resenha: Reboot

by - 27 março


Resenha por Brunna Carolinne

Autora: Amy Tintera
Editora: Galera Record
Número de páginas: 352

A população do Texas foi praticamente toda exterminada por um vírus. Muitos humanos faleceram, somente alguns poucos ainda estão vivos, e vários, após morrerem, retornaram à vida. Estes são chamados Reboots. Eles são fortes, ágeis, curam-se rapidamente e quase não sentem emoções. Quanto mais tempo a pessoa passa "morta", menos traços humanos ela possui e mais poderosa é quando retorna como Reboot.
Percebendo o quanto estes seres podem ser perigosos, os humanos sentem medo e desprezo por eles. Por isso, quando uma organização decide transformar os Reboots em soldados, a sociedade apoia. Tanta habilidade seria bastante útil em manter o estado em segurança.
É neste cenário que Wren se encontra. A jovem é uma 178, o que significa que ela, incrivelmente, passou 178 minutos morta. Que se saiba, nunca uma pessoa demorou tanto para voltar à vida. Os outros Reboots até mantêm distância dela. Um ser que passou 178 minutos morto não deve ter mais nada de humano dentro dele, certo? Isso é assustador.
178 é uma soldado exemplar. É implacável, nunca falha e sempre segue as ordens sem questionar. Todas as missões que recebe são cumpridas com sucesso, inclusive a de treinar novos Reboots (o trabalho preferido de Wren). Os alunos dela lutam muito bem e sobrevivem às batalhas, isso porque, por ter o número mais alto, toda vez Wren é a primeira a escolher o Reboot que deseja treinar - e é lógico que ela opta por aquele mais hábil, ou seja, o que tem a maior numeração. Porém, quando um novo grupo de Reboots chega para ser treinado, Callum logo chama a atenção de Wren. O rapaz é um simples 22 que parece estar com um eterno sorriso estampado no rosto. Ele a intriga e, quanto mais tempo Wren passa com Callum, mais a soldado perfeita questiona o sistema que a rodeia.
Encontrei mais uma distopia para amar.  O primeiro capítulo já é recheado de ação, mostrando para o leitor que Reboot não está para brincadeira. Com o ritmo alucinado e diversas situações inesperadas, a obra consegue ser singular mesmo contendo tantos elementos já vistos por aí antes. Tudo é bem explicado, verossímil e instigante.
Wren é daquelas mocinhas que a gente ama acompanhar. Ela teve uma infância complicada, uma morte difícil e tudo que ela acredita torna-se algo que ela nunca imaginou. É forte, nada boba e luta pelo que crê. Mas o brilho de Reboot fica por conta de Callum. Ele é a alma, corpo e mundo dessa história. É por conta do temperamento e dos questionamentos de Callum que Wren começa a abrir os olhos e o coração. É por conta dele que risos saíram da minha boca, e lágrimas, dos meus olhos. Callum é alegre, animado, cheio de esperança e vida. Que personagem adorável!
Sim, temos romance aqui, mas é só uma pitada, ele não é nem de longe o foco da trama. E todo o relacionamento acontece naturalmente, nada é rápido demais ou parece forçado. Aliás, tudo em Reboot é admissível, tudo poderia muito bem acontecer no "mundo real". Dá para notar que a autora teve o cuidado de pensar em cada detalhe da narrativa.
Estou morta e enterrada com o final desse livro! Cadê a continuação? Já necessito! Ficarei louca imaginando o que acontecerá em Rebel... Quer mais motivo para pegar Reboot para ler o mais rápido possível? Pois aqui vai um: o livro ainda não tinha sido nem publicado quando teve os direitos de adaptação comprados pela Fox 2000! É, querido, a história de Wren tem potencial. Corre!

8 comentários

  1. Nossa Bruna, que resenha instigante!
    Eu não curto muito ler distopias, mas já li algumas por conta de parceria que até gostei. Mas, lendo a sinopse e sua resenha fiquei muito interessada em conferir este.
    Vou colocar na lista dos desejados, e logo que der vou comprar para conferir.
    Bjus
    Lia Christo
    www.doceseletras.com.br

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  2. Oi Bruna.
    Sério que Reboot tem um desfecho desesperador?! Não aguento mais livros assim, mas eu gosto tanto de distopias que não vou resistir até lançarem o livro seguinte pra ler.
    Diante de tantos elogios vou ter que arriscar e ficar sofrendo por um tempo rsrs.
    Gosto de distopias que não focam no romance, tendem a ter enredos mais cativantes e envolventes.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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  3. Adorei saber que tudo no livro é possível, isso deixa o livro e um enredo muito mais instigante, por que mexe com nosso emocional sem igual. Adorei a resenha e já devo procurar pelo livro! Parabéns!

    Beijos,
    Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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  4. Oi Brunna

    Menina essa tua resenha me deixou maluquinha para ler esse livro. A ideia dele é fantástica e super instigante. Lendo o que você escreveu senti a presença de várias outras histórias que já vi, uma mistura de muita coisa boa.
    Mesmo o romance não sendo o foco, o fato de existir e parecer ser tão legal já me deixou animada.
    Já está na lista de futuras leituras.

    Beijos
    Mundo de Papel

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  5. Olá,
    Estou na metade do livro e confesso que ainda não estou amando-o, porém, estou intrigada para continuar a leitura :)

    Beijos, Paradoxo Perfeito

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  6. Brunna, não conhecia esse livro, mas sendo uma distopia e recomendada por você (que tanto ama o gênero), tenho certeza que vale a pena ler! Gosto de saber que o romance acontece naturalmente, visto que em algumas distopias isso definitivamente está longe de ser um cuidado tomado pelos autores, mas gosto principalmente do cenário em que a história se passa. Parece muito interessante.
    Dica anotada. :D

    Beijos,
    Ricardo - www.overshockblog.com.br

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  7. Oi Brunna,
    Eu via a capa desse livro achava que era de terror hahaha
    Ta distopias sempre me assustam porque fico pensando e se..?

    Gostei do que li na sua resenha e não tirou minha curiosidade,

    bjs e tenha um ótimo resto de semana.
    Nana - Obsession Valley

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  8. Então.. Já vi diversas opiniões sobre este livro, e fico na duvida: Compro ou não compro? E você? me indica?

    http://leitoracomamor.blogspot.com.br/

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